Heavy Metal Online #60

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Entrevista: Suffocation Of Soul [BA]



                 


Entrevista por: Guilherme Matos


Na minha opinião, esse grupo consagrou-se como a maior banda do interior baiano e o que não faltam são boas bandas para o cargo! A capital conta com Headhunter DC e Escarnium, já Poções, conta com Suffocation Of Soul!
Temos o prazer de conversar com Tarcísio Correia, guitarrista do SoS e também organizador do evento Ruídos no Sertão.


1- Salve, Tarcísio! Ano passado, o SoS fez uma turnê na Europa com a banda alemã Rezet, como foi tocar com o pessoal? Como foi a energia do público? As casas de show deixaram a desejar?


TC: Salve Guilherme!! De antemão agradeço as palavras e a concepção desta entrevista via COB. A EuroTour foi animal cara! A verdadeira realização de um sonho, as casas de shows lá tem a estruturas impecáveis! O publico bandas e os produtores nos receberam da melhor maneira possível, uma lance legal era que em varias casas de shows enquanto arrumávamos os equipamentos éramos recebidos no palco ao som de uma banda BR, em especial Sepultura, Sarcofago e RxDxP. 

2- Tocar fora é a meta de inúmeras bandas do Underground, porém nem sempre é possível, mesmo a banda sendo competente para isso.Você voltou de lá com um sentimento de dever cumprido? Sentiu que foi a coisa certa a se fazer? 


TC: É cara, realmente é muito complicado, apesar de no exterior a banda ter condições de conseguir um suporte melhor a conversão de moedas e a burocracia brasileira acaba atrapalhando muito esse processo. No nosso caso ao surgir um resquício de possibilidade dessa tour acontecer, nós agarramos com unhas e dentes, e fizemos todos os esforços possíveis impossíveis pra que pudesse acontecer, felizmente no final foi tudo muito satisfatório. 


3- Voltando ao Brasil... Quais os planos futuros do SoS? Já pretendem fazer uma próxima turnê lá fora?

TC: Mano, estamos finalizando as composições pra lançar um play inédito em breve e sair em tour ainda esse ano, focado no BR, talvez alguma passagem em um pais latino que faça fronteira mesmo, Europa pensaremos algo pra 2018.

4- Voces fazem parte da organização do Ruídos No Sertão e o festival trouxe nomes de peso internacional pra o interior da Bahia. Esse ano o Grim Reaper faria parte do cast, mas por problemas de saúde do vocalista, foi necessária a substituição do grupo por uma banda nacional de grande porte, o Taurus. Qual foi a reação de vocês quando receberam a mensagem do estado de saúde do frontman do Grim Reaper?

TC: Na verdade esse ano não estive encabeçando o RnS como nas edições anteriores mas acompanhei de perto e Pouts foi um choque e tanto!! Primeiro com a saúde do Grimmet, a parada foi tensa demais! Em segundo com os andamentos do Fest, faltavam menos de 20 dias pra realização, parte das clausulas contratuais financeiras já tinham sidos realizadas, o material impresso estava todo finalizado os veículos de comunicação de áudio e vídeo já tinham semanas circulando o GR, além de toda logística do festival que praticamente que recomeçou do zero, e com um novo headliner. Literalmente foi correr contra o tempo.



5- Com o passar do tempo, está ficando cada vez mais fácil ou mais difícil organizar shows? Como você acha que pode melhorar?

TC: Cara eu acredito que um bom show depende de vários fatores, que vão desde a seleção de bandas pro cast a estrutura do evento que de um suporte mínimo de som, palco e acomodação pra bandas e publico bem como a divulgação e marketing do evento. Porém creio o publico ainda é peça chave nisso tudo, um evento com casa cheia pagando um preço justo todos ficam satisfeitos, bandas produção e publico. Infelizmente isso tem sido uma realidade distante, varias cidades do país vemos eventos bons, com 30, 40 ou 60 pagantes. Também vejo cartazes de evento com uma porrada de bandas e ingresso de $10,00 pois se o ingresso foe 15,00 ou 20,00 nao teria publico; cara, 10 mangos não da pra tomar nem duas cervejas?!?! Tudo sobe junto com a inflação, menos preço de show de Rock/HeavyMetal rsrsr É lamentável..

6- O cenário nacional está cada vez maior e consequentemente, o número de bandas competentes cresce. Qual dica você pode dizer pra quem está começando a trilhar o caminho agora? Basicamente, tem algo que uma banda NÃO deve fazer?

TC: Sei la mano, acho que procurar se dedicar ao máximo naquilo que se propuser a fazer, buscar se profissionalizar e levar sempre com seriedade e honestidade mesmo que seja um projeto sem grandes pretensões. É uma parada que eu levo não só com banda, mas como lema de vida mesmo. Sobre o que não fazer, digo que é se importar com intrigas, imaturidades, conversas fiadas e “dor de cotovelo”, essas coisas vão sempre existir, ignorar e seguir sua jornada é a melhor forma de lidar com todas elas, faça que seus resultados sejam suas repostas.



7- Como dito anteriormente, o número de bandas boas está crescendo no país.Quais bandas novas você acredita que tem grande futuro?

TC: Cara, esta mesmo! Brasil sempre foi celeiro de excelentes bandas nos idos anos oitenta, e atualmente não deixa nada a desejar, poderia citar dezenas, mais fácil falar do que andei ouvindo essa semana HEADKRUSHER (Thrash/Death SP), HUMAN (Heavy Metal/BA) JACAU (Hardcore/BA) e MARTYDOM (Death/Doom BA).

8- Para encerrar, pode deixar uma mensagem dizendo o que podemos esperar do Suffocation Of Soul em 2017!

TC: Fora os shows esporádicos que fazemos sempre que pintam convites, vamos lançar um Play com sons inéditos e fim do ano sairemos em tour no BR, com muitas datas na região NORTE/NORDESTE.










quinta-feira, 11 de maio de 2017

Entrevista: Banda Distraught [RS]

Com o frontman André Meyer. Colaboração de Guilherme Matos.


1- Primeiramente eu preciso elogiar esse cara que desde 1990 está representando o Metal Gaúcho e não deixou a peteca cair, ele é o único membro da formação original da banda! Recentemente a banda fez 26 anos e essa marca realmente não é para qualquer um! André, você já possui uma carreira de se invejar, com a Distraught já abriu o show do Megadeth em Porto Alegre. Você se sente satisfeito com tudo que conseguiu com a banda?
R=Obrigado pelo reconhecimento. Bom, o Distraught já me trouxe muitas alegrias, mas também dificuldades, ainda quero conquistar muitos objetivos nessa caminhada.

2- Na década de 90 não tínhamos a facilidade de conhecer bandas que temos hoje com a internet, como você encarou essa transição para a era digital?
R=Sim, nós nos correspondíamos pelo correio, troca de materiais, fitas, cartas etc.. Tinha um outra magia. Acho q em tudo existe os prós e os contras, hoje podemos espalhar o nosso som rapidamente no mesmo instante, mas o número de bandas aumentou muito, a concorrência é maior, antes tudo era mais difícil mas também tinha seu lado bom, as pessoas valorizavam mais os álbuns das bandas.

3- Recentemente a banda lançou o álbum "Locked Forever", você ficou satisfeito com as críticas recebidas? Já li reviews escritos que dizem que este é o melhor álbum da banda!
R=Com certeza, esse é nosso melhor álbum, e as críticas estão muito boas.

4- Como a banda encarou o primórdio da banda? Sofreram muitas dificuldades?
R=Sim, as coisas nunca foram fáceis, a diferença é que no início era só por diversão, hoje em dia levamos a coisa bem mais profissional.


5- Sabemos que em 26 anos você teve êxito em vários desafios com a banda, qual foi o fato mais marcante em toda a história da banda?
R=Posso dizer que o fato de ter muitos problemas com formação e assim mesmo ter a persistência em continuar em frente isso é muito desgastante, mas não me arrependo, acho q isso marca muito pra mim.

6- Todos nós temos influências, qual é a sua maior influência artística dentro do Metal?
R=Escuto muitas coisas, mas claro bandas como Kreator, Slayer, Exodus, Testament e Carcass são uma referência.

7- A banda já tem uma notoriedade dentro da cena Nacional, sendo uma grande representante dos Gaúchos, como vocês encaram o fato de serem conhecidos de Norte a Sul do País?
R=Ficamos felizes por isso, mas sempre cientes que temos que ir mais longe.

8- Para encerrar a nossa entrevista você pode deixar um recado para os fãs e dizer o que esperar da DIstraught daqui para frente. E responda a pergunta que não quer calar: É Colorado ou Tricolor?
R=hahaha colorado. Agradeço ao espaço cedido pela entrevista, e dizer pra todos nossos seguidores que estamos muito vivos ainda com o nosso "Locked Forever" e que em breve estaremos nos palcos novamente pra mostrar o álbum ao vivo.