Heavy Metal Online #60

sábado, 31 de outubro de 2015

Entrevista: Kataphero [RN]


Entrevistamos uma das bandas mais fodas da grande Natal, Kataphero, que foi formada em 2009 e recentemente lançaram seu segundo álbum de estúdio que se chama "From Dust". Este é um álbum conceitual que retrata o mito da origem humana em primeira pessoa. Foram abordados perguntas como: formação da banda, a nova sonoridade, novo álbum e muitas outras coisas. 


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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Resenha: "Animalism" - Siege of Hate



Resenha por: Marconi Silva

Esse é o terceiro álbum de estúdio e o mais recente trabalho dessa banda sensacional que é oriunda do ceará, mais precisamente, da capital Fortaleza e que foi formada em 1997. Até o momento lançou cinco registros, dentre eles estão um split, uma demo e três full-leght´s.

Aqui temos uma verdadeira aula de Death Metal/Grindcore, isso aqui é porradaria do começo ao fim, a sonoridade é extremamente rápida, com ótimas linhas de guitarra, riffs cortantes como uma navalha, bateria bem acelerada com uso de blast beats desenfreados, o baixo é ótimo e um dos grandes destaques é o vocal do Bruno Gabai, que é bem rasgado, porém muito bem executado, ao decorrer das faixas se nota também fortes influências do Hardcore.

Uma curiosidade é que mesmo a banda já tendo cinco registros em sua discografia, esse aqui é o segundo realmente lançado por uma gravadora, que é a Gallery Productions, os demais foram lançados de forma independente e em relação á arte da capa, eu particularmente gostei! é uma imagem de um Javali observando como está atualmente a situação do Brasil, além de interessante, retrata bem a proposta do álbum, falando sobre a política. 

Todas as faixas desse disco são destruidoras e muito bem elaboradas, o ouvinte que for um grande apreciador não só do estilo, mas do metal extremo como um todo, assim como eu, poderá ouvi-lo de cabo á rabo que certamente irá gostar. Os destaques vão para as músicas " Grinding Ages " , " The World I Never Knew " ," Life Rules " ,e " Dissonance ".

A música de abertura é a " Grinding Ages ", já começa com uma pancada certeira nos tímpanos, riffs absurdos, um vocal rasadíssimo e blast beats desenfreados, a " The World I Never Knew " começa com uma cadencia, mas depois fica mais rápida, o vocal é bem agressivo e a bateria não está tão rápida como de costume, a " Life Rules " ocorre mudanças de andamentos, começa com uma sonoridade mais técnica, mas ao decorrer da faixa ela começa á ficar mais rápida e o vocal continua ultra rasgado e para finalizar temos a " Dissonace ", essa começa numa velocidade monstruosa e com uso de linhas de guitarras bem distorcidas, mas ao fim ela fica mais cadenciada.

Acredito que a banda deveria ter mais reconhecimento pela parte da mídia especializada, esse álbum além de ser um grande trabalho, é também uma prova de que esses cearenses ainda tem muito o que mostrar para os seus fãs.

Membros:
Bruno Gabai - Vocal e guitarra
George Frizzo - Baixo
Saulo Oliveira - Bateria

1. Grinding Ages 
2. Turmoil 
3. Catharsis 
4. The World I Never Knew 
5. Waiting for What? 
6. Hypochrist 
7. Life Rules 
8. Live Hard, Die Harder 
9. Beware What You Wish 
10. Repelling Rumors 
11. Individual Community 
12. Dissonance 
13. Real Ties 
14. Vida e Morte

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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Resenha: "Katharsis" - Slasher


Resenha  por: Guilherme Matos

Todo Headbanger deveria conhecer esse Thrash avassalador que os paulistas do Slasher vem trazendo, não só nesse álbum quanto nos anteriores. Em 2014 ouvi pela primeira vez o álbum Katharsis, de inicio fiquei assustado com a qualidade excepcional que a banda trouxe nesse disco com riffs inacreditáveis, vocais habilidosos, uma bela linha de baixo e bateria agressiva.

O álbum foi produzido por Tue Madsen que já produziu nada mais nada menos que Kataklysm e a arte de capa ficou por responsabilidade do francês Stan W Decker. 

Logo de cara nos deparamos com um instrumental que não deixa a desejar em nenhum aspecto, em seguida a faixa "Disposable God" com riffs de tirar o fôlego! A terceira faixa é uma destruição sonora, única do ínicio ao fim. A quarta faixa "Final Day" tem um grande mérito para Taddei Roberto que se entrega de alma nessa faixa. A quinta faixa "Face The Facts" é a minha preferida no vocal, mostra uma grande habilidade de Paulo Martins (Skeeter). A sexta faixa "Jamais Me Entregar" é a minha preferida de todas, mostra total sincronia da banda, e sem contar que é cantada totalmente em Português! A sétima faixa "Hostile" apresenta mais uma tempestade do que o conjunto pode apresentar. A oitava faixa "Suffocated" mantém a qualidade das demais. A nona faixa tem um início marcante e agressivo, avassaladora do inicio ao fim. 

Track List:

1. Katharsis
2. Disposable God
3. Overcome
4. Final Day
5. Face the Facts
6. Jamais me Entregar
7. Hostile
8. Suffocated
9. All Covered in Blood
10. Suffocated (Mosh cover)

Integrantes:
Paulo Martins (Skeeter) – Vocal 
Lucas Aldi – Guitarra 
Lúcio Nunes – Guitarra/Backing Vocal
Wellington Clemente – Baixo/Backing Vocal
Taddei Roberto – Bateria

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Resenha: "Hunters's Curse" - Necrohunter


Diretamente da capital da Paraíba, João Pessoa, essa exemplar banda de Death Metal lançou seu debut “Hunter's Curse” pela Reapture Records e Gallery Productions. Este foi lançado 3 anos após seu material de estréia, a demo “Slaughtered”. Um fato curioso é que embora tenha se formado em 2002, só em 2014 produziram seu primeiro álbum, no entanto, esse veio um com poder destrutivo e aniquilador que compensou toda a espera. Em “Hunter’s Curse” há uma vitalidade impiedosa, uma verdadeira obra-prima que une técnica e melodia. 

A arte gráfica por si só já é sanguinária e violenta, e pôde idealizar muito bem a temática da banda que retrata histórias de serial killers e atrocidades, tendo ficado isso a cargo de Aldr França que executou sua tarefa de forma árdua. A produção do disco ficou perfeita, conseguindo misturar todos os instrumentos profissionalmente, não deixando nenhum se sobressair dos demais, méritos para o Victor Hugo Targino. 

Logo, nesse novo trabalho, a sonoridade Old School é marcante e estrondosa por ser acompanhada de um vocal poderoso como o do Mauro Medeiros e riffs velozes e criativos que chegam a soar bem melódicos, podemos citar algumas similaridades com bandas como Hypocrisy, Edge of Sanity, Benediction, Unleashed. Eu poderia passar muito tempo falando de cada música e de suas singularidades, mas sejamos breves e mostremos os destaques que vão para “Slaughtered “, “I Sacrificy” e “Hunter’s Curse”. Ambas apresentam uma atmosfera bem conceituosa, sendo a "I Sacrificy" a que, ao meu ver, realmente poderia definir todo o álbum! Ela tem tudo para um bom single; é pesada, rápida, apresenta um excelente solo e até finaliza-se com Pig Squeals que deixaram a música muito mais empolgante e técnica.

Portanto, o Necrohunter, obteve com este novo trabalho a consolidação de um sonho e que vai trazer ainda muitos frutos, pois o que temos aqui é puro talento e desde um primeiro momento, seu debut já tornou-se indispensável na coleção de um verdadeiro amante de Metal Extremo.

Faixas:

1. Bloodshed 01:22 
2. Slaughtered 03:09 
3. Hungry Hunter 03:43 
4. I Sacrifice 03:23 
5. Total Slaughter 03:03 
6. Hunters Curse 03:26 
7. Seven Razors 01:27 
8. Abhor Is Earth 05:34 
9. Opening Grave 03:35 
10. Killing Is My Destiny 05:23 
11. Void in Hell 05:07 
12. In Curse

Membros: 
Mauro Medeiros (Vocals,Guitar,Bass, Keyboards) 
Petrus Carvalho (guitar) 
Jonathan Andrade (drum)

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Resenha: "Sertão Saga" - Hate Embrace


Logo após 2 anos desde o lançamento do debut "Domination . Occult . Art", o Hate Embrace retorna com um trabalho fabuloso denominado "Sertão Saga", com direito à todas as músicas em português. Diretamente de Pernambuco, essa grande banda brasileira lançou um incrível trabalho conceitual voltado para o contexto histórico-cultural do cangaço, relatando a vida do herói-bandido Lampião bob o ponto de vista dos próprios cangaceiros e das pessoas que conviveram com ele. 

Diante disso, a banda sempre teve seu foco direcionado às lendas do folclore nacional e mundial, em tentativa de resgatar esses valores que não deveriam ser perdidos ou desvalorizados. 

Nessa perspectiva, a capa do novo álbum é auto-explicativa e foi produzida pelo próprio baterista Ricardo Necrogod que conseguiu representar todo o "sentimento regional" de outrora na arte, em forma de seca, fome e morte. Vale ressaltar que o Hate Embrace é detentora de uma sonoridade singular e marcante, fazendo uso de teclados para a criação de uma atmosfera mística e apresenta letras bem conceituadas.

É muito difícil escolhermos as melhores faixas, mas podemos citar como as principais: Vidas Passadas, Utopia e Imponência, para que possamas falar sobre elas.

A escolha de "Vidas Passadas", para a faixa de abertura foi excelente, pois conseguiu transpassar toda uma idéia/sentimento de dor e angustia que só quem viveu naquele meio consegue explicar e embora toda essa problematização ocorra, ainda há a experança de melhora de vida que todos os sertanejos tinham para conseguir seguir em frente em meio a tantas dificuldades. Tal idéia pode ser extraida do trecho:

"Sinta... Observe... Tenha força
Tenha coragem, siga em frente... Sempre em frente
Escutem! É o vento que anuncia. Em meio a campos devastados...
Ainda pode haver vida... Saga no sertão
Escutem! É o vento que anuncia!
"

Já em  "Utopia", há uma exaltação do Lampião em primeira pessoa, relatando "um homem que segue suas leis é aquele que está em batalha", comparando-o com um rei, e que para sabermos se no final das contas ele era um herói ou bandido, devemos apenas abrir nossos olhos.

Por fim, em "Imponência", é feita a mescla das duas ideologias, fazendo de lampião um herói-bandido impiedoso e forte, um guerreiro de verdade que semeia sua terra com o sangue que faz jorrar no chão.

Portanto, em "Sertão Saga" existe todo um enrredo calcado no cangaço, com letras bem elaborada e expressivas, sendo bem acompanhadas de um instrumental pesado e bem elaborado. Estando assim, entre as melhores bandas que exaltam a cultura nacional.

Faixas:
1. Vidas Passadas

2. Intolerância

3. Revolta

4. Guerranunciada

5. Utopia

6. Lampião Rei

7. Imponência

8. No Rastro

9. O Começo do Fim   

Membros: - 
George Queiroz (Vocal)
João Paulo (Guitarra)
Alexandre Cunha (Baixo/Vocal)
Ricardo Necrogod (Bateria/Vocal)
Vinícius Campos (Teclado)
 
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