Heavy Metal Online #60

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Entrevista: Suffocation Of Soul [BA]



                 


Entrevista por: Guilherme Matos


Na minha opinião, esse grupo consagrou-se como a maior banda do interior baiano e o que não faltam são boas bandas para o cargo! A capital conta com Headhunter DC e Escarnium, já Poções, conta com Suffocation Of Soul!
Temos o prazer de conversar com Tarcísio Correia, guitarrista do SoS e também organizador do evento Ruídos no Sertão.


1- Salve, Tarcísio! Ano passado, o SoS fez uma turnê na Europa com a banda alemã Rezet, como foi tocar com o pessoal? Como foi a energia do público? As casas de show deixaram a desejar?


TC: Salve Guilherme!! De antemão agradeço as palavras e a concepção desta entrevista via COB. A EuroTour foi animal cara! A verdadeira realização de um sonho, as casas de shows lá tem a estruturas impecáveis! O publico bandas e os produtores nos receberam da melhor maneira possível, uma lance legal era que em varias casas de shows enquanto arrumávamos os equipamentos éramos recebidos no palco ao som de uma banda BR, em especial Sepultura, Sarcofago e RxDxP. 

2- Tocar fora é a meta de inúmeras bandas do Underground, porém nem sempre é possível, mesmo a banda sendo competente para isso.Você voltou de lá com um sentimento de dever cumprido? Sentiu que foi a coisa certa a se fazer? 


TC: É cara, realmente é muito complicado, apesar de no exterior a banda ter condições de conseguir um suporte melhor a conversão de moedas e a burocracia brasileira acaba atrapalhando muito esse processo. No nosso caso ao surgir um resquício de possibilidade dessa tour acontecer, nós agarramos com unhas e dentes, e fizemos todos os esforços possíveis impossíveis pra que pudesse acontecer, felizmente no final foi tudo muito satisfatório. 


3- Voltando ao Brasil... Quais os planos futuros do SoS? Já pretendem fazer uma próxima turnê lá fora?

TC: Mano, estamos finalizando as composições pra lançar um play inédito em breve e sair em tour ainda esse ano, focado no BR, talvez alguma passagem em um pais latino que faça fronteira mesmo, Europa pensaremos algo pra 2018.

4- Voces fazem parte da organização do Ruídos No Sertão e o festival trouxe nomes de peso internacional pra o interior da Bahia. Esse ano o Grim Reaper faria parte do cast, mas por problemas de saúde do vocalista, foi necessária a substituição do grupo por uma banda nacional de grande porte, o Taurus. Qual foi a reação de vocês quando receberam a mensagem do estado de saúde do frontman do Grim Reaper?

TC: Na verdade esse ano não estive encabeçando o RnS como nas edições anteriores mas acompanhei de perto e Pouts foi um choque e tanto!! Primeiro com a saúde do Grimmet, a parada foi tensa demais! Em segundo com os andamentos do Fest, faltavam menos de 20 dias pra realização, parte das clausulas contratuais financeiras já tinham sidos realizadas, o material impresso estava todo finalizado os veículos de comunicação de áudio e vídeo já tinham semanas circulando o GR, além de toda logística do festival que praticamente que recomeçou do zero, e com um novo headliner. Literalmente foi correr contra o tempo.



5- Com o passar do tempo, está ficando cada vez mais fácil ou mais difícil organizar shows? Como você acha que pode melhorar?

TC: Cara eu acredito que um bom show depende de vários fatores, que vão desde a seleção de bandas pro cast a estrutura do evento que de um suporte mínimo de som, palco e acomodação pra bandas e publico bem como a divulgação e marketing do evento. Porém creio o publico ainda é peça chave nisso tudo, um evento com casa cheia pagando um preço justo todos ficam satisfeitos, bandas produção e publico. Infelizmente isso tem sido uma realidade distante, varias cidades do país vemos eventos bons, com 30, 40 ou 60 pagantes. Também vejo cartazes de evento com uma porrada de bandas e ingresso de $10,00 pois se o ingresso foe 15,00 ou 20,00 nao teria publico; cara, 10 mangos não da pra tomar nem duas cervejas?!?! Tudo sobe junto com a inflação, menos preço de show de Rock/HeavyMetal rsrsr É lamentável..

6- O cenário nacional está cada vez maior e consequentemente, o número de bandas competentes cresce. Qual dica você pode dizer pra quem está começando a trilhar o caminho agora? Basicamente, tem algo que uma banda NÃO deve fazer?

TC: Sei la mano, acho que procurar se dedicar ao máximo naquilo que se propuser a fazer, buscar se profissionalizar e levar sempre com seriedade e honestidade mesmo que seja um projeto sem grandes pretensões. É uma parada que eu levo não só com banda, mas como lema de vida mesmo. Sobre o que não fazer, digo que é se importar com intrigas, imaturidades, conversas fiadas e “dor de cotovelo”, essas coisas vão sempre existir, ignorar e seguir sua jornada é a melhor forma de lidar com todas elas, faça que seus resultados sejam suas repostas.



7- Como dito anteriormente, o número de bandas boas está crescendo no país.Quais bandas novas você acredita que tem grande futuro?

TC: Cara, esta mesmo! Brasil sempre foi celeiro de excelentes bandas nos idos anos oitenta, e atualmente não deixa nada a desejar, poderia citar dezenas, mais fácil falar do que andei ouvindo essa semana HEADKRUSHER (Thrash/Death SP), HUMAN (Heavy Metal/BA) JACAU (Hardcore/BA) e MARTYDOM (Death/Doom BA).

8- Para encerrar, pode deixar uma mensagem dizendo o que podemos esperar do Suffocation Of Soul em 2017!

TC: Fora os shows esporádicos que fazemos sempre que pintam convites, vamos lançar um Play com sons inéditos e fim do ano sairemos em tour no BR, com muitas datas na região NORTE/NORDESTE.










quinta-feira, 11 de maio de 2017

Entrevista: Banda Distraught [RS]

Com o frontman André Meyer. Colaboração de Guilherme Matos.


1- Primeiramente eu preciso elogiar esse cara que desde 1990 está representando o Metal Gaúcho e não deixou a peteca cair, ele é o único membro da formação original da banda! Recentemente a banda fez 26 anos e essa marca realmente não é para qualquer um! André, você já possui uma carreira de se invejar, com a Distraught já abriu o show do Megadeth em Porto Alegre. Você se sente satisfeito com tudo que conseguiu com a banda?
R=Obrigado pelo reconhecimento. Bom, o Distraught já me trouxe muitas alegrias, mas também dificuldades, ainda quero conquistar muitos objetivos nessa caminhada.

2- Na década de 90 não tínhamos a facilidade de conhecer bandas que temos hoje com a internet, como você encarou essa transição para a era digital?
R=Sim, nós nos correspondíamos pelo correio, troca de materiais, fitas, cartas etc.. Tinha um outra magia. Acho q em tudo existe os prós e os contras, hoje podemos espalhar o nosso som rapidamente no mesmo instante, mas o número de bandas aumentou muito, a concorrência é maior, antes tudo era mais difícil mas também tinha seu lado bom, as pessoas valorizavam mais os álbuns das bandas.

3- Recentemente a banda lançou o álbum "Locked Forever", você ficou satisfeito com as críticas recebidas? Já li reviews escritos que dizem que este é o melhor álbum da banda!
R=Com certeza, esse é nosso melhor álbum, e as críticas estão muito boas.

4- Como a banda encarou o primórdio da banda? Sofreram muitas dificuldades?
R=Sim, as coisas nunca foram fáceis, a diferença é que no início era só por diversão, hoje em dia levamos a coisa bem mais profissional.


5- Sabemos que em 26 anos você teve êxito em vários desafios com a banda, qual foi o fato mais marcante em toda a história da banda?
R=Posso dizer que o fato de ter muitos problemas com formação e assim mesmo ter a persistência em continuar em frente isso é muito desgastante, mas não me arrependo, acho q isso marca muito pra mim.

6- Todos nós temos influências, qual é a sua maior influência artística dentro do Metal?
R=Escuto muitas coisas, mas claro bandas como Kreator, Slayer, Exodus, Testament e Carcass são uma referência.

7- A banda já tem uma notoriedade dentro da cena Nacional, sendo uma grande representante dos Gaúchos, como vocês encaram o fato de serem conhecidos de Norte a Sul do País?
R=Ficamos felizes por isso, mas sempre cientes que temos que ir mais longe.

8- Para encerrar a nossa entrevista você pode deixar um recado para os fãs e dizer o que esperar da DIstraught daqui para frente. E responda a pergunta que não quer calar: É Colorado ou Tricolor?
R=hahaha colorado. Agradeço ao espaço cedido pela entrevista, e dizer pra todos nossos seguidores que estamos muito vivos ainda com o nosso "Locked Forever" e que em breve estaremos nos palcos novamente pra mostrar o álbum ao vivo.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Entrevista: Banda Worst [SP]



Salve salve, é uma grande honra poder falar com um dos 4 monstros que juntos formam, na minha opinião, a melhor banda Hardcore do país! Estou falando do Ricardo Brigas, membro de nada mais nada menos que oh WORST! 

1- Brigas, como foi que surgiu a ideia de fazer esse som que expressa verdades nos ouvidos das pessoas, porquê dá pra qualquer um se identificar bastante com uma letra da banda, se não todas. 

A honra é toda minha!!!, muito legal levar essa idéia aqui; bom, o Worst surgiu com a união de amigos, no caso Fernandão e o Monstrinho, mas como os dois são bateristas, o monstrinho assumiu a voz, depois eu entrei e o Hóspede; as letras, cara, todos se identificam porque a gente fala a real, na cara, sem frescura, dói no ouvido de muita gente, mas muita gente se vê ali, a gente fala do dia a dia, do que a gente vive, é isso.

2- Como funciona a participação de cada membro na banda pra manter ela na ativa? 

A gente respira o Worst diariamente, todos procuram estar sempre conectados, fazendo alguma coisa pra poder fazer a banda subir um degrau; o Fernandão tem uma visão muito focada no negócio e vai orientando a gente; o Hóspede saca muito de gravação, vídeos e trabalha diariamente essa parte e assim a gente faz o Worst acontecer. 

3- Vocês tem fãs de todo canto do Brasil e podemos ver que alguns até tatuam o Logo da banda como homenagem. Como a banda vê isso?

Cara...isso é demais!!!! É muito louco você ir pra Manaus, Belém, Rio Branco, Natal, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Brasília, Minas, etc, e sempre as casas lotadas, a galera ensandecida Moshando sem parar, cantando as músicas, Tatuando e eternizando o Worst, muito foda!!! Só tenho a agradecer a todos os fans que fazem do Worst a banda que é. 



4- Vocês pensaram que a banda poderia ir para a Europa? Sempre planejam o rumo da banda ou simplesmente fazem tudo na hora? 

Tudo no Worst é planejado, a gente até demorou um pouco pra ir prá Europa porque a gente não queria ir prá passear, queríamos ir com uma certa estrutura, mostrar nosso som, e, foi muito gratificante chegar lá e ver que a galera conhecia a banda, cantava as músicas em Português, se matavam no Moshpit, tinha uma galera com o Worst tatuado, foi impressionante, demais!!!

5-Ainda falando em Europa... Quais as diferenças que você notou entre a cena europeia e a cena brasileira? 

A diferença é brutal, a gente tocou na França, em uma segunda- feira e lotou o pico!!! Lá é cultural, as bandas tocam e um horário decente, tem uma estrutura prá quem vai tocar, os caras te respeitam, mandam um rango, breja, fora o equipamento de qualidade. Aqui a gente tem que garimpar estrutura e respeito ainda.

6- O som da banda naturalmente é influenciado pelos gostos dos artistas, de vez em quando até saindo do som agressivo... Quais suas principais influências como bandas e artistas? 

Todos da banda curtem Hardcore e Metal, essas são nossas influências, curto muito Pantera, Hatebreed, Slayer, Napalm Death, Nasty, Lionheart, Suicidal Tendencies, Nuclear Assault, Razor e por aí vai, muita banda formou minha influência musical, até hoje ouço novas bandas que vão agregando novas influências.


7- Recentemente a banda lançou o EP "Violent Assault From Southern Sphere", vocês ficaram satisfeitos com o resultado final das músicas?

O Violent Assault foi um marco na história do Worst, foi o disco que nos projetou na gringa devido as letras em Inglês, facilitando o entendimento banda/ público na Tour Européia, além das composições mais maduras, ficamos bem satisfeitos com a qualidade das músicas e da gravação em alto nível.

8- A banda já está trabalhando em um novo material?

Estamos divulgando ainda o Instinto Ruim e o Violent assault, queremos trabalhar mais esses discos e em 2017 a gente começa a preparar material novo.

 9- Para encerrar, pode mandar um recado para os fãs da banda e dizer o que podemos esperar do Worst em 2017!

Gostaria de agradecer todos os fãs, amigos, aqueles que nos ajudam diariamente na divulgação da banda, em 2017 estaremos voltando para Europa em Abril/ Maio para uma nova Tour, em breve divulgaremos as datas e, do meio do ano prá frente começamos a compor e gravar o álbum novo. Obrigado pelo espaço e aguardem que em 2017 vai ter muita novidade!!! Abraço a todos!!!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Krathera - Seu sofrimento começou

"Capa da Demo"

Formada em 2013, Krathera é mais uma prova que a Bahia está recheada de bandas boas!
Eles me representam, pois esses desgraçados são da minha cidade Vitória da Conquista/BA!
Em Dezembro de 2014 eles lançam a Demo “Seu Sofrimento Começou”, que mescla elementos de Thrash, Death e Heavy, como a própria banda denomina, além de ter as letras em português. 
A banda já conta com uma mini turnê pelo Nordeste, passando por cidades como Salvador e Guaránhuns/PE, sendo nesta última cidade em um festival de 60 bandas de 6 estados  diferentes, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Sergipe e Goiás.

Review da Demo “Seu Sofrimento Começou”.

A primeira faixa, denominada “Fúria” faz total jus ao que a música apresenta. Logo nos primeiros Riffs cortantes já podemos deduzir que vem pedreira pela frente, logo depois o vocal ogro vem à tona, cantando de forma clara em português, o que facilita o ouvinte entender liricamente todo ódio presente no disco!

“Pegue a pipoca que o show começou”, esse é um trecho da segunda faixa, chamada de “Lutador Homicida”. Nessa música podemos notar uma linha de contra-baixo destacada e muito agradável aos ouvidos, sem menosprezar o trabalho dos guitarristas e da batera agressiva que são marcantes em todo o disco.

Essa pauleira é uma das minhas preferidas, pois pra mim tem uma introdução de não colocar defeito, além de um belo solo de guitarra! O nome do disco veio de um trecho dessa música e não poderiam ter escolhido melhor, pois simplesmente representa essa música inteira e o disco completo!

A introdução me lembrou o puro Heavy Metal, especialmente Iron Maiden, mesmo eu não sendo um ouvinte da banda, porém a transição no decorrer da música é impressionante, mostrando o que o grupo sabe fazer! Esse som ganhou um “Live Web Clipe”, que nada mais é que um clipe feito com imagens de show, assim da a oportunidade de quem não os viu ao vivo sentir um pouco da energia que eles passam sobre o palco! O vídeo pode ser visto neste link: https://www.youtube.com/watch?v=ILS_2QajHmY

A última faixa já me ganhou pelo nome, “Thrasher”! A música faz honra ao título, pois ela é o Thrash na sua forma mais agressiva! Com participação extremamente notória de todos os integrantes, tornando-a minha música preferida desses caras, pois o decorrer do som mostra a agressividade da banda em apenas 1:53min.! Isso mesmo, em menos de 2 minutos eles conseguem mostrar a competência do grupo.
Enfim, resumidamente nós podemos esperar 3 coisas da Krathera: agressividade, peso e muita competência!
Integrantes:
Victor Santos - Vocal
 Warlei Silva - Guitarra
Diego Soares - Guitarra
Lucas Melo - Bateria
Rafael Leandro - Baixo.

Site onde é possível ouvir a Demo: http://kratheravca.wixsite.com/krathera
Página no Facebook: https://www.facebook.com/krathera/home?ref=page_internal

Link do Live Web Clipe da faixa "Feridas de Guerra": https://www.youtube.com/watch?v=ILS_2QajHmY


Obs: O underground não vive só de elogios, vamos ajudar sempre que possível! Curtiu o som dos caras? Que tal juntar uma graninha pra comprar essa Demo incrível? Já garanti a minha!

terça-feira, 31 de maio de 2016

Entrevista: Visceral Slaughter [AP]



1- Senhoras e senhores, estamos aqui com nada mais nada menos que Leon Ferreira, vocalista da banda Visceral Slaughter! Primeiramente eu queria agradecer a oportunidade de entrevista-lo, para iniciarmos a entrevista, eu queria saber o que você achou de tocar ao lado da galera do Nervochaos?
R: uma honra, uma banda que já acompanho a um bom tempo e de repente estar dividindo palco em uma turnê. É o ápice de qualquer cara que trabalha com música a um bom tempo 

2- Algumas bandas hoje, infelizmente, utilizam de uma fama repentina em redes sociais, ganhando muitas “curtidas” no Facebook, ultrapassando bandas que já tem notoriedade no cenário e que são mais conhecidas e respeitadas. O que você tem a dizer sobre essa situação? 
R: cada um recebe o reconhecimento que corre atrás né? Eu prefiro uma galera q cola nos shows e até mesmo antes e depois dos mesmos com a gente, e de menos importância é aquele like na página e em outras redes sociais. Número nem sempre é o bastante no underground, prova disso é que em muitos shows lotados não percebemos a energia de um outro com pouquíssima gente. Acho q tem relação isso. 

3- Aproveitando a pergunta anterior, aproveito para fazer a seguinte pergunta, você está satisfeito com o reconhecimento que a banda tem nos dias de hoje? 
R: com certeza, além da galera q tem colado nos shows, nossos parceiros de turnê tem elogiado bastante a banda em todos os aspectos e isso vale muito pra gente, levando em conta a admiração e respeito q temos por eles. 

4- O que move as bandas do Underground são os organizadores dos eventos, as bandas estão cobrando mais do que nunca para que elas possam mostrar o seu som por vários lugares. Como a banda está encarando esta situação? Está satisfeito com a agenda da banda ou ainda acha que pode melhor mais?
R: sempre dá pra melhorar né? Cobramos, mas entendemos os produtores... Arrumar show, fechar turnê, etc... Não é fácil, e a transparência dos caras ameniza aquela certa agonia em querer mostrar o trabalho. 


5- Cada evento é uma história diferente para contar, tanto para o músico da banda, quanto para um Headbanger comum. Qual a história mais inédita que já aconteceu com você como músico e como público?
R: como músico é tanta história que fica difícil escolher uma... Mas como público, lembro de uma vez estar em um show de thrash que tava tão lotado que um cara pulou do palco e demorou uns 15 minutos pra arrumar um lugar no chão... Enquanto isso a galera ia passando ele de um lado pro outro como se fosse uma bola de praia hahahaha 

6- Qualquer músico tem suas influências de dentro e de fora do Metal, quais são as suas principais influências dentro e fora do Metal e Rock e geral? Como banda e como artista.
R: no metal eu curto um lance pesado e bem trabalhado, tipo... Dying Fetus, The Faceless, Nile, beyound Creation. Fora do metal é aquele country velha guarda hehe johnny Cash, waylon Jennins, Alan jackson... Por aí vai. 

7- Um tema polêmico e que provavelmente nunca vai deixar de ser, é uma banda de White Metal tocando em um evento com bandas de ideologias contrárias, como você encara isso? Visceral Slaughter tocaria em um evento junto com uma banda de White Metal?
R: com certeza não cara, não me envolvo em polêmicas com essa vertente, mas prefiro distância. Os caras pra lá e a gente pra cá. Vida que segue. 

8- Para encerrarmos a nossa entrevista, você pode dizer se a banda já tem um projeto para futuro? Fique a vontade para deixar uma mensagem para os leitores da entrevista, agradeço mais uma vez. Hail!
R: estamos trabalhando na produção do próximo disco e temos alguns detalhes pra resolver, mas logo logo ele tá aí pra galera. Estamos trabalhando pra ser um dos melhores trabalhos da banda. E queria agradecer a galera ai que curte o som e convidar a conhecer não só o Visceral Slaughter, mas todas as bandas que estão com a gente no corre. Como sempre digo, cada leitor, banger que vai nos shows, até aquele que não pode ir mas tenta ajudar de qualquer jeito, seja comprando o material das bandas e divulgando o trabalho pros amigos, vale muito a pena no underground, sempre! É isso aí e bola pra frente. Vamo trabalhar que o Underground não se vira sozinho hehe. Abração brother.

Membros:
Leon Ferreira - Vocals, 
Fabrício Góes - Guitar and Backing Vocals, 
Romeu Monteiro - Bass, 
Alberto Martínez - Drums.




terça-feira, 15 de março de 2016

Entrevista - Banda Anarkhon [SP]


 Por Guilherme Matos

1- É com grande prazer que o nosso site pode contar com mais esta lenda no nosso acervo de entrevistas, nada mais nada menos que Aron, frontman do Anarkhon! Se você é um bom apreciador de Metal Extremo merece ouvir toda a discografia desses caras, afinal eles não são chamados de “Cannibal Corpse Brasileiro” por acaso. Aron, como o Anarkhon foi formado? 

A banda começou enfrentando muitas dificuldades? Aron - Saudações a todos , o Anarkhon começou em 1999 na cidade de Guarulhos em São Paulo e o começo não foi diferente de outras bandas , as dificuldades são sempre as mesmas em um país onde o heavy metal não é visto com bons olhos. 

2- Sabemos que o Anarkhon já tem uma boa quantidade de fãs no território nacional, alguma vez vocês já se surpreenderam com algum fato inusitado causado por um fã? E por parte dos integrantes? Existe algum fato surpreendente causado pela própria banda ou até mesmo por você? 

Aron - Acho que a maior demonstração de devoção ou loucura para alguns é quando alguém resolve tatuar o nome da banda ou o logotipo ou a capa de algum disco etc... , uma garota da cidade de Curitiba tatuou o logotipo do Anarkhon no braço , foi uma das maiores loucuras que eu ví nesse tempo com a banda , as pessoas que apoiam o Anarkhon realmente gostam e apreciam o nosso trabalho e somos felizes por isso. 

3- Para vários Headbangers o White Metal é visto como um insulto ao Metal e inúmeras bandas do nosso Underground se recusa em participar em eventos que tenham alguma banda do gênero participando. Qual a posição do Anarkhon quanto a isso? São a favor ou são contra o White Metal? A banda tocaria em um evento com uma banda do gênero? 

Aron - SOMOS CONTRA , NUNCA TOCAMOS EM UM EVENTO COM BANDAS ASSIM , E NUNCA TOCARÍAMOS. 

4- De norte a sul do país surgem bandas com extrema qualidade e consequentemente aumentando a dificuldade de uma banda se destacar mais que as outras e ter um bom reconhecimento em geral, por este motivo muitas bandas de alto calibre acabam ficando desconhecidas. Como o Anarkhon pretende continuar se destacando das demais bandas? Vão continuar sendo o Anarkhon de sempre ou vão experimentar mudanças no som de vocês? 

Aron - Eu acho que não tem como encarar a coisa toda como uma competição , nesses quase 20 anos na cena eu ví milhares de boas bandas surgirem lançarem 2 discos no maximo e desaparecerem, no fim das coisas acho que vai muito além de trabalho , qualidade e correria , o Anarkhon sempre fez tudo que uma banda padrão faz para ter algum reconhecimento , e conseguiu , mas só conseguiu aqui no brasil , do outro lado da moeda o meu projeto o Power from hell , sempre foi levado com total descaso no sentido de divulgação , qualidade de gravação etc , e acabou se tornando "cult" para muitas pessoas pelo mundo afora , então no fim das contas para algumas bandas acontecem e pra outras não , apenas isso. 

5- Agora falando um pouco de você, como você conheceu o Metal e qual foi sua primeira impressão?Tem alguma banda ou músico que você ainda sonha em dividir palco? 

Aron - Comecei na pré-adolescência achando que o Iron Maiden era a coisa mais brutal e satânica do mundo , até eu assistir na época um clipe do Cannibal corpse , eu tinha uns 13 anos e ai descobri o metal extremo e nunca mais parei , todo esse tempo tivemos a honra de tocar com grandes bandas que cresci escutando , mas nunca tocamos com o cannibal , e é uma banda que nos influenciou muito. 



6- Você é dono de um vocal insano, quais foram as suas principais influências que te levaram a ser vocalista e formar uma banda? Tanto de artistas quanto de bandas. 

Aron - O Anarkhon não foi formado por mim eu entrei na banda na época poucos meses depois de ela ter sido formada , minha principal influencia no vocal foi o primeiro vocalista do Anarkhon Péricles Hooper , até hoje um dos vocais mais doentios que eu já escutei. 

7- Os trabalhos da banda tiveram uma boa recepção dos amantes do gênero e alguns deles foram de certa forma polêmicos, como exemplos temos o videoclipe da faixa “Fodendo na sala de autópsia” e um EP intitulado “Pedofilia”. Qual era a intenção da banda quando escolheram o nome “Pedofilia” para o EP? Lembrando que o mesmo já teve a capa censurada. 

Aron - Eramos mais jovens naquela época e a intenção era uma só "Causar polemica " aquilo foi de caso pensado , puro marketing , ninguém na banda jamais apoiou esse tipo de coisa relacionado a pedofilia , nós apenas relatamos em nossas letras as insanidadess cometidas pelo homem e a pedofilia é uma delas. 

8- A banda já tem projetos futuros? Álbum em andamento, videoclipe sendo gravado, etc. 

Aron - Estamos começando a compor para o próximo álbum. 

9- Para encerrar a nossa entrevista, você se sente realizado como músico hoje? Tem alguma meta que ainda pretende alcançar na sua carreira? 

Aron - Sim eu me sinto um afortunado , tenho duas bandas que me proporcionam sensações e momentos distintos , o Anarkhon e Power from hell me deram a oportunidade de viajar e conhecer muitos lugares do mundo que sem a música eu não teria como ir , conhecer pessoas incríveis , apertar a mão de músicos que eu cresci admirando , etc , eu me sinto um afortunado!!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Resenha: "Your Nightmare" - Metalizer


Por: Guilherme Matos

Qual o seu elemento preferido no Heavy Metal? 
Com certeza está presente no Metalizer, e neste álbum está a verdadeira essência do Heavy Metal. Lançado em 2015, a capa do álbum ficou por conta do Fernando Lima, o disco conta com 10 faixas que são pedradas no ouvido do início ao fim, com um conjunto instrumental de outro mundo. Se você tem um ouvido de porcelana então é melhor não ouvir esses monstros! 

A primeira faixa, intitulada “Weapons of Metalization”, começa com um riff que atravessa a alma, e logo na introdução mostra a grande capacidade vocal de Sandro Maués, que está presente em todo o disco. Logo na sequência está particularmente a minha faixa preferida, “My Cage”, ela é a pura essência do Heavy Metal! Ela mostra toda a força da formação da banda, foi a escolhida para o ser o primeiro videoclipe da banda lançado recentemente, com certeza não havia uma escolha melhor para o videoclipe.

“Street Dog” é a terceira faixa, segue a mesma linha das demais, porém com grande destaque para a bateria destruidora de Thiago Agressor, que se entrega de pé e cabeça nessa faixa. A quarta faixa “ A Bridge Across Time and Space” merece mais mérito para Thiago, logo de cara ela lembra o Thrash dos anos 80, com a introdução parecida com a faixa “Piranha” da banda “Exodus”, também posso destacar como uma das minhas preferidas pela agressividade que ela transmite ao ouvinte e pela forma que ela se transforma no decorrer da música, onde Douglas Lima acompanha com a alma! Em seguida vem “Still Alive”, mostra uma agressividade, um lado completamente Thrash da banda! “Cause and Effect”, está na hora de falar de Nilão Bonebreaker! Nesta faixa instrumental ele acompanha a música fazendo com oque o baixo pareça um trovão! E no decorrer na música ela tem uma passagem para o acústico com o acompanhamento da guitarra que fica incrível!

Em “Zombified Generation”, essa faixa poderia é digna de um videoclipe, mostra toda a força do Heavy do conjunto! A oitava faixa, “Wake Up”, lembra o clássico Heavy do Manowar, com mais destaque para Thiago e Douglas! Nilão também não deixa a desejar e Sandro destrói o microfone como todas as músicas cantadas durante o álbum. A penúltima faixa, “Preacher of Hate”, é para que você ouça e nunca mais esqueça a pedrada nos típanos que ela estoura de qualquer um! A última faixa, “Life is your Nightmare”, carrega tudo que as músicas anteriores têm, desde a música agressiva, desde o Heavy tradicional, mesclando em originando um resultado chamado METALIZER! E quando ela parar é melhor você esperar mais um pouco e ouvir o que ainda vem pela frente!

Track List:

1. Weapons of Metalization
2. My Cage
3. Street Dog 
4. A Bridge Across Time and Space
5. Still Alive
6. Cause and Effect
7. Zombified Generation
8. Wake Up
9. Preacher of Hate
10. Life is your Nightmare

Membros:

Sandro Maués - Vocal
Douglas Lima - Guitarra
Edson Ruy - Guitarra
Nilao - Baixo
Thiago Agressor - Bateria e Vocal
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