Heavy Metal Online #60

sábado, 12 de dezembro de 2015

Entrevista: Banda Metalizer [SP]

Douglas Lima, Thiago Agressor, Edson Ruy, Nilão Bonebreaker e Sandro Maués
1- É uma grande satisfação entrevistar Thiago Agressor, que já está a 12 anos na estrada com a Metalizer! Sendo o único integrante da formação original. Para começarmos, aí vai uma pergunta clichê, como a banda foi formada e como o nome Metalizer foi escolhido? 

R..: Primeiramente quero agradecer em meu nome e em nome do Metalizer, a você Guilherme, e quero dizer que é uma grande satisfação também poder divulgar nosso som no Conquerors of Brazil. Então, a formação da banda se deu de forma natural, pois desde que comecei a curtir som nos anos 90, tinha vontade de poder criar uma banda de Thrash Metal, mas levou um tempo até aprender a tocar algum instrumento e achar outras pessoas para tirar essa ideia do papel. Então quando mudei pro interior do estado no ano de 2002, comecei a fazer um som junto de alguns amigos, eu era vocal e tocávamos covers de clássicos do Heavy Metal, mas somente em ensaios, e nessa banda um dos guitarristas era o Leandro (que gravou a primeira demo, Electric Homicide) e começamos a planejar montar uma banda de Thrash Metal. Um fato curioso é que nosso atual vocalista Sandro era batera dessa banda que tínhamos antes do Metalizer. Já o nome da banda foi inspirado pela música Metalized Blood da banda alemã Desaster, mas eu não queria que fosse um nome igual, então mudei para Metalizer, e acabou soando marcante e fácil de lembrar.

2- Com 12 anos de estrada já deve ter muitas histórias para contar, tem alguma inusitada? 

R.: Sim, o tempo passa, depois que passou parece que foi rápido, a vida é assim, isso é sinal de que foram bons momentos, então o que permanece são as histórias. Um momento que sempre ficou na minha mente, foi quando o Douglas entrou na banda, éramos um trio na época, e todo sábado íamos a pé ensaiar na casa do baterista da banda, na época o Luciano. Ele morava na cidade de Sumaré, e a pé dava mais de uma hora pra ir e mais de uma hora pra voltar, e no horário que íamos, depois do almoço, o sol estava sempre forte e a gente tostava no caminho, e ensaiávamos num quartinho que ele forrou com isopor e espuma e era quente demais, a gente suava muito (Acho que é por isso que éramos magros na época hahaha), mas eram ótimos momentos, curtíamos várias fitinhas de bandas que admirávamos no intervalo dos ensaios, e algumas dessas bandas, depois viramos até amigos dos caras, como Executer, Devil on Earth, e outras, isso pra gente é muito louco hahaha.

3- E quanto as influências? Na Metalizer você já foi baixista, vocalista e atualmente está sendo baterista, qual sua inspiração para cada instrumento? 

R.: Eu sempre transitei entre diferentes instrumentos, mais por necessidade do que por habilidade hahahah. Mas em se tratando desses instrumentos que já toquei no Metalizer, bom, no baixo como eu tocava de palheta, o Lemmy pra mim é o cara, lógico que eu admiro muito baixistas que tocam com o dedo como Steve Harris, Gedy Lee, etc, mas minha época de baixista no Metalizer o Lemmy era a principal influência, logo em seguida o D.D Verni do Overkill. No vocal como influência eu citaria o Paul Ballof do Exodus, Kurt Brecht do D.R.I e o Sheepdog do Razor, e pra citar um que eu não conhecia na época que eu era vocal do Metalizer, mas depois conheci e curto muito o vocal, é o Rob Evil da banda Evil Army. Na batera admiro muitos, o Dave Lombardo, Tom Hunting, Philthy "Animal" Taylor, Paul Bostaph, e muitos outros. 

4- E banda? Qual é a banda que você é fã de carteirinha? 

R.: Curto muitas bandas e estou sempre querendo conhecer mais e mais bandas, mas pra citar algumas, Slayer, Iron Maiden, Black Sabbath, Accept, Nuclear Assault, King Diamond/Mercyful Fate, Sepultura, Violator, Executer, Exodus, Razor, Living Death, Sodom, Kreator Destruction, Tankard, Napalm Death, Morbid Angel, R.D.P, Judas Priest, Gammacide, Voivod, D.R.I, Coroner e muitas e muitas outras.


5- Vocês lançaram este o ano o primeiro videoclipe da banda, "My Cage", o álbum "Your Nightmare", vocês ficaram satisfeitos com o resultado final?  

R.: Ficamos bastante felizes com o resultado. Fizemos esse trabalho junto com o Robson e o Claudio, amigos aqui da nossa região, e eles se empenharam bastante em conseguir um bom resultado, e na minha opinião conseguimos transparecer a nossa energia no vídeo. As filmagens rolaram numa associação cultural na cidade de Americana e também usamos imagens feitas no show de lançamento do nosso disco Your Nightmare, no bar do Pirata em Sumaré. 

6- Vocês vão pisar pela primeira vez em solos baianos para tocar na edição de 2016 do "Festival Ruídos no Sertão", nos dias 30 e 31 de Janeiro, em Poções. Estão ansiosos para esta vinda? O que esperam daqui? 

R.: Estamos felizes e ansiosos para tocar na Bahia, pois todos que já tocaram por aí, e também nos demais estados do nordeste, sempre falam muito bem dos locais, da galera e da cena de uma forma geral. Nossos amigos do Suffocation of Souls são daí e estão participando também da organização desse evento que pelo que vimos em vídeos e ouvimos a respeito, tem sido um grande marco para o metal nordestino, e também para o metal brasileiro, então esperamos mais um ótimo evento, com grandes shows, tanto do Metalizer como das outras bandas de muita qualidade e importância que estarão participando, também esperamos fazer novas amizades com os bangers da Bahia e de outras localidades que estarão indo prestigiar o Ruídos no Sertão. 


7- Hoje você já está feliz com o que conseguiu com a banda? Amizades, histórias, shows... Mulheres!

R.: Sim, fico muito feliz, principalmente por ter conseguido manter a banda ativa, mesmo passando por muitas dificuldades, ter sobrevivido e continuado a produzir música. O que me deixa mais feliz e ainda poder estar criando e registrando essas criações nos discos, e também podendo executa-las ao vivo, é bem massa. Enquanto as músicas continuarem surgindo na minha mente, pretendo continuar na ativa.
8- A banda já tem um projeto novo na mente? Outro videoclipe, outro álbum ou single por exemplo.

R.: Já temos 12 composições prontas, Assim que todo mundo pegar essas músicas e estivermos bem entrosados, temos planos de gravar um terceiro disco, conseguir uma boa produção, enfim sempre estar evoluindo dentro de nossa essência. Já conversamos sobre outro videoclipe, e se tivermos condição financeira faremos mais um para o disco Your Nightmare, mas se não rolar com certeza faremos para o próximo disco.

9- O que acha da cena paulista? Acha que cresceu ou diminuiu com tempo? Acha que a cena está fazendo o seu trabalho? 

R.: Como eu sempre digo a cena é feita de bons e maus momentos, ou melhor, para não ser tão binário, digo que a cena está sempre mudando de patamar, subindo, descendo, tem sempre uma galera que aparece, alguns ficam, outros somem para sempre, e acredito que não devemos nos atentar à situação momentânea da cena para guiar nossos passos, devemos fazer sempre o que acreditamos e ser sinceros em nossos objetivos, em nossa arte. Sempre teremos ótimas bandas aparecendo, pessoas legais também, e mesmo nos momentos mais difíceis, haverá algo de bom para nos apegar na cena.

10- Para encerrar com chave de ouro a nossa entrevista, qual banda além da Metalizer você acha que é o futuro do Metal brasileiro?

R.: Hahahaha, cara não sei se somos o futuro, me contento em sermos o presente dia após dia. Mas fica difícil falar em apenas um nome, pois há muitas bandas que admiro, que fazem um som que me agrada. Bom, mas para não fugir da pergunta citarei algumas, O Suffocation of Souls, Leatherfaces, Infected, Violent Illusion e Nosferatu. Não sei se essas bandas atingirão sucesso comercial (espero que sim), mas estão fazendo um som de qualidade, e esbanjando criatividade, e além disso, sucesso comercial nem sempre é sinônimo de merecimento em termos de qualidade musical. Enfim citei somente essas cinco pra não me alongar, mas com certeza há inúmeras bandas fodas no Brasil, e espero que continuem por aí fazendo ótimos discos e shows.


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